quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Férias- Sugestão de leitura para as crianças

 Leitura para as crianças

Mês de férias com a casa cheia de crianças. O que fazer?

Que tal uma tarde lendo histórias?

Sugerimos alguns livros:


1- Revolução dos contos de fadas, que é organizado por Luciana Moura e Jaysa Ribeiro e traz contos de fadas nada tradicionais e cheios de surpresas. Ilustrado por Kleverson Lacerda. 


2- Portinholas, livro escrito por Ana Maria Machado por ocasião do centenário do nascimento do pintor Candido Portinari. O livro é ilustrado por Luísa Martins Baêta Bastos;


3- A bola e o goleiro, escrito por Jorge Amado, com ilustrações de Kiko Farkas e que conta a história da bola Fura-Redes;


4- O mundo começa na cabeça, escrito por Prisca Agustoni, que conta a história da menina Minosse e foi ilustrado por Tati Móes.


5- A lua cheia de..., escrito e ilustrado por Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues, que conta a história de três gatinhos que espertos pensam que a lua é cheia de ratos;


6- O menino e o maestro, escrito por Ana Maria Machado e ilustrado por Maria Inês Martins, que conta a história de um menino e sua paixão pela música;


7- As aventuras de Pinóquio, do escritor italiano Carlo Collodi e traduzido e ilustrado por Gabriela Rinaldi, que conta história de um boneco de madeira que queria ser um menino.

 

 Ficaram com aquele gostinho de quero ler para as crianças!?

Então, boa leitura! 

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Férias- Sugestão de leitura para jovens e adultos

 Leitura para jovens e adultos

Mês de férias, tempo sobrando...

Que tal colocar a leitura em dia?

Temos algumas sugestões. A lista foi feita aleatoriamente, com livros para todos os gostos, com escritoras(es) locais e de outros países.


1- Ensaio sobre a cegueira, romance de José Saramago, que coloca as leitoras e leitores no meio de uma epidemia que provoca a cegueira e traz à tona  o "eu" de cada pessoa que estava em quarentena;

 

 2- Ecos da resistência, coletânea poética organizada por Érica Montenegro de Mélo e Maria José Arimatéia, do coletivo Teia Literária.

 

3- O corsário negro, de Emilio Salgari e traduzido por Maiza Rocha. História de aventuras de piratas, que envolve romance, amor impossível, batalhas e vingança;

 

4- Minha história: Michelle Obama, autobiografia da primeira dama dos Estados Unidos entre 2009 e 2017, traduzida por Débora Landsberg, Denise Bottmann e Renato Marques. 

 

5- Novelas exemplares de Miguel de Cervantes, contado por Rosa Navarro Durán, ilustrado por Francesc Rovira e traduzido por Eduardo Cezar Maretti. Histórias não lineares, com enredos às vezes controversos, acontecimentos inesperados e muita ironia;

 

6- A Letra Escarlate, de Nathaniel Hawthorne, traduzido por Cecília Gouvêa Dourado e ilustrado por Alessandro Baldanzi. A história se passa na cidade de Salem, nos Estados Unidos, no final do século XVII e retrata uma sociedade puritana, intolerante e hipócrita, destacando a força e coragem de uma mulher.

 

7- Os três mosqueteiros, escrito por Alexandre Dumas, traduzido, por Franciscus De wiel e ilustrado por Giani. Romance cheio de aventuras, intrigas, desafios de espada, que se passa na França do século XIII, com personagens cheios de humor.

 

8- A marca de uma lágrima, do escritor Pedro Bandeira, que conta os dilemas da adolescente Isabel, tão parecidos com os das meninas da mesma idade.

Boa leitura!

 

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Férias- Teatro Valdemar de Oliveira

 Valdemar de Oliveira

 

Ainda no clima das férias, vamos conhecer o Teatro Valdemar de Oliveira.

Quem foi Valdemar de Oliveira?

Nasceu no Recife em 02 de março de 1900, na rua da Imperatriz, nº 46.

 Foi médico, teatrólogo, ator, compositor, instrumentista, musicólogo e jornalista. 

Cursou a Faculdade de Medicina da Bahia. Em 1922 formou-se em Medicina e em 1924 doutorou-se com a Tese  Musicoterapia. Casou-se em 1929 com Esmeraldina da Rosa Borges (Diná). 

Na década de 1930 abandonou os hospitais e dedicou-se ao magistério, lecionando na maioria dos grandes colégios do Recife.

Ingressou na Academia Pernambucana de Letras em 1936.

Atuou como jornalista no Jornal do Commercio durante 40 anos.

Faleceu em 18 de abril de 1977, no Recife, aos 77 anos de idade.

 



Livros publicados:

· A musicotherapia: (cadeira de hygiene). [Salvador]: Imprensa Oficial, 1924.

· Frevo, capoeira e "passo". Recife: Cia Ed Pernambuco, 1927.

· Higiene. Recife: Livraria Universal, 1939.

· Uma página da bravura pernambucana. Recife: Polícia Militar de Pernambuco, 1954.

· O teatro brasileiro. Bahia: Universidade da Bahia, 1958.

· Impressões de viagem: (Estados Unidos da América do Norte). Recife: Coleção Concordia, 1959.

· Mário Melo. Recife: Imprensa Oficial de Pernambuco, 1959.

· Caxias. Jaboatão: Comando Militar de Socorro, 1961.

· Mundo submerso - memória. Recife: Imprensa Oficial, 1966 (primeira edição).

· Eça, Machado, Castro Alves, Nabuco ... e o teatro. Recife: Imp. Universitária, 1967.

· Olinda e sua data impartilhável. Olinda: Prefeitura Municipal de Olinda, 1970.

· 208 crônicas da cidade. Recife: Gráfica Editora do Recife, 1971.

· Valdemar setentão. Recife: Gráfica Editora do Recife, 1971.

· Pernambuco e a independência. Recife: Governo do Estado de Pernambuco, 1973.

· Quando eu era professor…. Recife: Universidade Católica de Pernambuco, 1973.

· Um rotariano fala do Rotary. Recife: Rotary Club, 1974.

· Oswaldo Cruz, paixão, glória e morte. Recife: Academia Pernambucana de Letras, 1974.

· O capoeira: Um teatro do passado. Brasília, DF: MEC/FUNARTE, 1977.

 

Trabalhos publicados: 

  • Castro Alves e o Recife. in Revista da Academia de Letras da Bahia, 1948.
  • As artes como expressão de valorização do potencial humano nacional. Imprensa Universitária, 1964.
  • A donataria de Duarte Coelho. in Revista do Museu do Açúcar, 1968.

 

Peças teatrais:

  • Tem de casar, casa!
  • Os três maridos dela
  • Eva na política
  • Um rapaz de posição
  • Tão fácil, a felicidade…
  • Honra ao mérito
  • Aonde vais, coração?: comedia em 3 atos. Ed. do Grupo Gente Nossa. Recife: [s.n.], 1934.
  • Uma mulher inteligente
  • O menino do cofre
  • Mocambo: comedia social em 3 atos. Recife: Imprensa Oficial, 1940.
  • Zé Mariano
  • Soldados da retaguarda: comédia social em 3 atos. Recife: [s.n.], 1945.

 

 Prêmios:

  • Menção honrosa da Academia Brasileira de Letras com a peça teatral Honra ao mérito.

  

Músicas:

  • Compositor de diversas músicas, especialmente carnavalescas.
  • Diversas partituras de operetas.
  • Hino do município da Ilha de Itamaracá.

 

Instituições Literárias e Artísticas:

  •  Valdemar de Oliveira foi diretor do Teatro de Santa Izabel de 1939 a 1950.
  •  Foi um dos criadores do Teatro de Amadores de Pernambuco, tendo construído o Nosso Teatro (hoje Teatro Valdemar de Oliveira), depois presidido pelo seu filho Reinaldo de Oliveira.
  • Ocupante da cadeira 25 da Academia Pernambucana de Letras,  cuja presidência exerceu entre1950 e 1961, quando renunciou ao cargo, espontaneamente.
  • Foi membro da Academia Brasileira de Música.
  • Foi um dos fundadores da Regional pernambucana da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES-PE), tendo sido seu primeiro presidente, entre 1972 e 1973.
  • Foi um dos fundadores da Academia Pernambucana de Medicina.

 

Apesar de toda a importância de Valdemar de Oliveira para a cultura pernambucana, o teatro que leva o seu nome está completamente abandonado, em ruínas.

Que tristeza! 

 

O Teatro Valdemar de Oliveira nos tempos áureos

 

 

Teatro Valdemar de Oliveira atualmente

Links: 

https://www.marcelobonavides.com/2021/05/relembrando-waldemar-de-oliveira.html

https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa427524/valdemar-de-oliveira

https://pt.wikipedia.org/wiki/Valdemar_de_Oliveira

https://catalogobandasdemusicape.wordpress.com/valdemar-de-oliveira/ 

https://vendoteatro.com/noticia/apos-uma-serie-de-invasoes-e-sem-apoio-do-poder-publico-o-emblematico-teatro-valdemar-de-oliveira-podera-ser-doado/2023/06/07/

https://jc.ne10.uol.com.br/cultura/2023/09/15600203-abandono-do-teatro-valdemar-de-oliveira-sera-alvo-de-protesto-processo-de-tombamento-e-aberto.html

 


 

 

 

 

 

 

 


terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Férias- Teatro Barreto Júnior

 José do Rego Barreto Júnior

 No mês de janeiro, mês das férias escolares, o Recife é palco do  Janeiro de Grandes Espetáculos, Festival Internacional de Teatro, Dança, Circo e Música de Pernambuco, com ingressos a preços bem populares.

O festival já está na sua 30ª edição e recebe espetáculos de Pernambuco e de outros estados.

Os espetáculos estão acontecendo em vários locais.

Vale a pena!

Nesse contexto, vamos saber quem foi Barreto Júnior, que dá nome a um dos teatros municipais do Recife, localizado no Pina.

 

    Nasceu no Cabo de Santo Agostinho, em 05 de junho de 1903 e desde muito jovem gostava de ver circos e espetáculos mambembes. Começou a fazer teatro ainda na escola, quase sempre com os papeis principais e dirigindo algumas peças.  

    Ao concluir o curso secundário foi trabalhar como telegrafista na Western Telegraph. Nessa época, frequentava todas as noites o Teatro Helvética, na rua da Imperatriz, para assistir as revistas ali apresentadas e passou a fazer amizade com os atores. Seu pai tentou convencê-lo a deixar de frequentar o Helvética mas em 1923 abandonou o emprego, saiu de casa e foi trabalhar no palco, o que desgostou a família. Nascia então, uma estrela mambembe.

    Foi autodidata como todos os artistas de teatro da sua época. Viajou pelo interior como mambembeiro, aprimorando seu estilo de interpretação. 

    Casou em 1932 com Maria Anunciada Ferreira, atriz de um grupo amador da cidade de Moreno, cujo nome ele mudou para Lenita Lopes, por considerar que Maria Anunciada não soava bem para uma artista. 

Alguns trabalhos:

1923-Eu Vi, da Companhia Paraense Leonardo Siqueira, no Helvética;

1924- Participa da primeira produção cinematográfica do Ciclo do Recife, Retribuição , da Aurora Film;

1928- Estreia como ator profissional na peça À Espera da Missa , também no Helvética. Em seguida, integra a Companhia Conceição Ferreira, com quem viaja para Minas Gerais e, depois, a Companhia Brandão Sobrinho como cantor de opereta.

Ainda na década de 1920, forma conjuntos com o amigo Elpídio Câmara (1895-1965) e viaja pelo interior de Pernambuco, vindo daí a fama de ator mambembe.

1931- Entra no grupo Gente Nossa, dirigido pelo jornalista e dramaturgo Samuel Campello (1889-1939);

Nessa fase, entre outras peças, atua em O Interventor, de Paulo Magalhães (1900-1972) e na opereta A Rosa Vermelha (1927), de Samuel Campello (1889-1939) e Valdemar de Oliveira (1900-1977);

1933-Apresenta no Teatro Municipal de Belo Horizonte, a burleta Flor do Agreste;

 1936- viaja a São Luís, onde apresenta, no Teatro Artur Azevedo, a peça Compra-se um Marido, de José Wanderley. Outro êxito do grupo nas excursões pelo Norte e Nordeste é a montagem de Deus lhe Pague, de Joracy Camargo (1898-1973);

Por alguns anos reside no Rio de Janeiro, ocupando o posto de primeiro ator da Companhia Otilia Amorim e administra a Companhia Jaime Costa.

1940- Com patrocínio do Serviço Nacional do Teatro, a Companhia Nacional de Comédias Barreto Júnior viaja por todo território nacional com repertório de burletas e peças;

1944, convidado por Assis Chateaubriand, apresenta-se para os pracinhas em Fernando de Noronha. No final dos anos 40, Barreto volta a Pernambuco;

Em Recife, entre 1950 e 1952 constrói o Teatro Almare, onde monta Carlota Joaquina, de R. Magalhães Júnior (1907-1981), representando o papel de D. João VI, sua caracterização mais conhecida;

1956- inaugura o Teatro Marrocos, na avenida Dantas Barreto e, depois, na Praça da República, que permanece em atividade até o início da década de 1970, quando é demolido. Nele são montadas comédias de costumes e peças de teatro rebolado com números de strip-tease;

1978- Barreto recebe o Troféu Mambembe  do SNT, pelo conjunto de sua obra e sua contribuição ao teatro nacional e afasta-se dos palcos até a morte, em 21 de fevereiro de 1983.

 

 

Links:

https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa521511/barreto-junior  

https://www.elencobrasileiro.com/2017/04/barreto-junior.html

https://www.instagram.com/teatrobarretojunior_oficial/

https://www.janeirodegrandesespetaculos.com/

https://jc.ne10.uol.com.br/canal/cultura/artes-cenicas/noticia/2016/07/15/apos-dois-anos-fechado-teatro-barreto-junior-reabre-as-portas-244460.php 


Bibliografia:

Figueirôa, Alexandre

   Barreto Júnior o rei da chanchada / Alexandre Figueirôa. - Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2002.