segunda-feira, 21 de junho de 2010

QUEM FOI O CONTADOR/A DE HISTÓRIA DE SUA VIDA?

Produção das professoras recém-admitidas pela SEEL, durante formação continuada, quando foi apresentado o Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores, no último dia de duas semanas de formação. Em 23/04/2010, no CETEC/Nóbrega, a equipe de formadores: Ana Helena, Marcos de Morais e Thelma Regina trabalharam com os dois grupos (manhã e tarde).

Quem foi o contador/a de história de sua vida? “Como você se formou leitor/a?”

“Minha contadora de história foi a minha MARAVILHOSA MÃE, que era apaixonada pela leitura e que toda noite contava ou lia alguma história para nós, eu e meus seis irmãos, após o jantar, principalmente, antes de dormir. Eu viajava no mundo da imaginação, quando ela apenas usava o céu como suporte para criar histórias. Fazia de uma forma tão gostosa, parecendo algo tão palpável para nós que, muitas vezes, acabávamos sonhando com a história. Era um momento muito esperado por nós. Foi tão importante e significativo para mim que até hoje conto, leio histórias para meus filhos, um de 12 e outra de 17 anos que, quase toda noite, me solicitam um momento ou perguntam se eu não tenho uma história boa ou um livro novo para contar-lhes. Minha mãe será a minha eterna contadora, pois mesmo ausente fisicamente, continua me incentivando através do nosso amor eterno.
Professora: Sheyla Angela Viana de Melo Moraes


“O contador de histórias na minha vida foi e é meu pai. Advindo de família muito humilde e sofrida do interior de Alagoas, cresceu entre os canaviais e, muito cedo, teve que ir trabalhar. Em alguns momentos de sua infância ouviu de seu tio várias histórias específicas da época e do meio e durante sua vida, na pequena cidade, vivenciou tantas outras. Assim, desde muito nova, cresci ouvindo suas histórias, hoje conhecidas como lendas. Passei a amar, ainda mais as minhas raízes, os causos nordestinos, os versos dos contadores e dos repentistas. Digo que foi uma época de ouro e que fez, do meu acervo de hoje, uma relíquia aos olhos de alguns que não tiveram e tem essa oportunidade. Meu pai, apesar de não ter concluído os estudos, na época fez até a 4ª série primária (como se falava) mas tem uma enorme facilidade de brincar com as palavras, criar versos a partir de toda sua vivência. Assim, hoje como eu sou, minha filha de 10 anos também passa horas a ouvir e ver dvds de cantadores de repentes e causos nordestinos como Jessié Quirino e se apropria da linguagem típica e das histórias em si.”
Professora: Ana Neri Nogueira de Moraes


“Ninguém nunca contou histórias pra mim, não que eu me lembre. Mas lembro que ganhei na quarta série um livro de Pinóquio que me acompanhou muito tempo. Após o nascimento da minha filha, Karem, comecei a ler para ela, literatura infantil. Hoje adoro ler, principalmente livros na área de psicologia e pedagógicos. Agora adoro ler, não imagino um educador que não se interessa por leitura.”
Professora: Sheila Domingos


“A contadora de história na minha vida foi a minha mãe. Apesar de só ter estudado até a antiga terceira série, ela contava história da sua infância. Eu gostava muito de ouvir e sempre pedia pra que ela contasse, pois era como se eu estivesse lá, onde ela viveu, vendo as casas, matas e tantas outras coisas que ela narrava. E foi assim que passei a me sentir: ao ouvir as histórias contadas em sala de aula, era como se eu estivesse lá dentro da história. Hoje eu sou a contadora de história da minha filha de quatro anos.”
Professora: Edilza Nascimento


“Em minha infância não tive contador de histórias, pois quando meus pais se separaram, era muito nova. Fui morar com a minha tia, que é professora, e a mesma não tinha tempo de contar mas, sempre trazia novos livros para que eu, sozinha, pudesse imaginar. Hoje sou uma leitora assídua, não consigo me ver longe dos livros e ainda repasso para meus filhos e alunos.”
Professora: Adriana Lúcia da Amaral


“Sempre gostei muito de ler e não me lembro de ninguém que tenha marcado minha vida como contador de histórias. Apesar de gostar muito de histórias, pela minha prática enquanto professora. Sei da importância da 'hora do conto' e como ela foi ímpar na minha vivência nas escolas.”
Professora: Sandra Magalhães Arcoverde Gusmão


“O contador de histórias da minha vida foi meu avô, o seu Manoel, sertanejo, rude e forte, mestre de obras e sacristão, que encantava as tardes de domingo ou as noites de férias, que eu passava na casa dos meus avós 'Seu Manoel e dona Ninoza', ele falecido e ela, felizmente conosco, aos oitenta e sete anos. Os causos eram contados ao sabor do pão em forma de jacaré ou caranguejo, comprado no mercado de São José. Histórias como o cachorro louco, A luta do meu avô com a onça, O bode e a cabra, A Moura torta, entre tantas outras, que não aprisiono numa bolsa de couro, mas imortalizo meu avô, na arte de contar e sonhar.”
Professora: Márcia Maria


“Meu pai foi meu contador de histórias, como: João e Maria, Comadre Florzinha. Ele me contava essas histórias todos os dias, a noite depois do jantar. O mais interessante é que, ele não tinha os livros, então, eu ficava louca para vê-los e saía procurando em todos os livros que encontrava e, através disso fui lendo outras histórias. Um dia encontrei o livro de João e Maria e fiquei feliz da vida e levei-o até o meu pai e li pra ele.”
Professora: Rosalina Nascimento


“Minha mãe sempre gostou de contar histórias para nós. Só que ela sempre foi muito agitada e distraída, começava na Rapunzel e terminava na Bela Adormecida. Certa vez, ela me presenteou com o livro “As histórias do Preto Velho”. Nesse livro havia várias e belas histórias que com a ajuda da minha mãe, me influenciaram e hoje sou professora. E hoje, olho o meu filho de dezenove anos que, ao ver minha mãe contar as mesmas historias para a minha sobrinha de dois anos, diz: “Lá vem a vovó entrando por um conto e saindo por outro.”
Professora: Adriana dos Santos


“Contos infantis, uma tia que juntava as crianças para fazer contação. Geralmente eram personagens que nos fazia sentir muito medo, mas daí fomos amadurecendo e aprendemos a sentir o gosto e o interesse pelo mundo encantado das histórias. Morávamos numa fazenda e tínhamos que andar quilômetros para chegar a um grupo municipal onde aprendi a ler e escrever. Sou apaixonada pela língua portuguesa.”
Professora: Cácia Maria Gonçalves de Lima Muniz


“A contadora de história que influenciou na minha arte de recontar histórias, com vozes, caras e bocas, foi a minha MÃE. Que quando eu era criança a ouvia contar as histórias inventadas ou causos vivenciados por ela.”
Professora: Maria Hozana R. Vasconcelos


“A leitura faz parte da minha vida desde a infância. A contadora de histórias que me marcou foi minha mãe, sempre me estimulou e hoje agradeço a ela por tudo.”
Professora: Cibele Cristina


“Na minha lembrança o meu contador de histórias foi o meu pai, que na minha infância, sempre à noite, se reunia com minha mãe, meus cinco irmãos e alguns vizinhos, principalmente quando faltava energia. Então ficávamos num local fora de casa e ele contava várias historias, até fatos ocorridos com ele mesmo. E, algumas histórias eram mesmo assustadoras...”
Professora: Rosângela de Castro Rodrigues


“O hábito de ler os jornais, aos domingos, seu único dia de folga. Foi um gesto que mesmo sem a intenção, meu pai me influenciou. Hoje não assisto novelas, mas acompanho algumas pelo jornal.”
Professora: Ana Lúcia Guimarães


“Aos seis anos de idade eu sonhava com um roupão, pois eu fazia natação e não tinha, a minha mãe contou uma histórias da menina que sonhava com um roupão desde então, descobri o gosto por histórias. Hoje amo contar historias e sempre lembro das histórias de gibi, livros infantis... Sonho em contar para os meus filhos muitas histórias.”
Professora: Emanuelle Vasconcelos


“O contador de histórias em minha vida foi o meu pai, que quando éramos crianças eu e meu irmão, em alguns momentos na hora de dormir, meu pai nos contava histórias idealizadas por ele e também fazia leitura de contos literários infantis clássicos e apesar de tanto tempo, hoje lembro com saudade daquele tempo de criança.”
Professora: sem identificação

“Desde criança amava ler. Comecei com o incentivo do meu tio que tinha muitos gibis. Então eu lia a toda hora e desenhava também. Aos seis anos ganhei o livro 'O patinho feio'. Foi o primeiro que ganhei e foi super importante por que ganhei da chefe da minha mãe pela qual não tinha muito contato. Até hoje sou viciada pelas letras e leitura em geral e guardo meu primeiro livro com muito carinho.”
Professora: Elisama Guedes


“Durante a minha infância ouvi algumas histórias da nossa cultura popular que foram contadas por meu avô e minha avó. Dentre essas posso citar a festa no céu. Lembro-me bem que a maior curiosidade era em saber se o sapo realmente foi jogado e como ele ficou ao cair na terra, pois, cada vez, a história tinha um final diferente. Mas, o hábito da leitura veio a partir da formação acadêmica.”
Professora: Franceneide Medina


“O contador de história de minha vida foi Dona Chiquinha, uma senhora já de idade bem avançada, mas que me fazia sonhar acordada e despertou em mim o gosto pela leitura. Lembro-me como se fosse hoje, ficávamos ansiosos esperando ela aparecer na soleira de sua velha porta, sentar e começar a nos levar para um mundo encantado.”
Professora: Edileuza

“Na minha infância, a empregada doméstica da minha vizinha, gostava de reunir crianças em seu quarto para contar “as histórias do interior” que geralmente era a da “Comadre Fulôzinha”, a de anúncios de chuva etc....Na adolescência, meu pai gostava de contar as histórias do Brasil e viajando de carro, sempre nos mostrava o que havia contado como: em Ilhéus, o Monte Pascoal, em São Paulo, o Pico da Neblina, em Porto de Galinhas (a transação dos escravos) etc. Na vida adulta, meu marido é um grande leitor e sempre conta e comenta com toda a família sobre o que leu. Nossos presentes sempre são livros e CD's com músicas pois é a grande satisfação da família. Assim, me tornei professora e leitora e hoje trabalho com as dificuldades de leitura e escrita para que nenhuma criança se prive desses momentos prazerosos.”
Professora: Rachel Bruno de Miranda Andrade


“Minha contadora de histórias, não foi nenhuma de minhas professoras, na verdade, não tive esse privilégio. Minha grande contadora, foi minha avó materna: Maria. Eu tinha entre dez e doze anos, desligávamos a TV para ouvir “As proezas de João Grilo” no quarto dela, com minhas três irmãs, mãe e tia Neves. O melhor era quando a luz ficava desligada.... Tornei-me contadora de história em 1999 em uma turma de alfabetização, ainda lembro de 'Menina bonita do laço de fita', perfeito!!! Acho que eu “curtia” mais do que as próprias crianças! Pareço boba? Não, minha imaginação delirante já me levou a vários lugares, já vivi grandes aventuras.”
Professora: Maria Rejane Martins


“Venho de uma família de pai agricultor e mãe dona de casa. Apesar do pouco estudo cresci ouvindo a seguinte frase do meu pai 'TEM QUE ESTUDAR PARA SER ALGUÉM NA VIDA.' Este homem de pouca leitura e de entonação monossilábica que solicitava que eu escrevesse suas cartas para serem postadas nos correios incentivou-me a estudar e a leitura passou a ser uma busca por dias melhores. O que nasceu, a priori, por necessidade tornou-se meu instrumento de trabalho, pesquisa e conhecimento.”
Professora: Quitéria Medeiros


“Não tive contadores de histórias na minha vida. Tive uma mãe com pouco estudo (até o 9º ano Ensino Fundamental) que lia livros e comprava-os para mim e meus irmãos: livros de contos de fadas, coleções de pesquisas e os didáticos sempre foram fascinantes. Eu os lia e relia frequentemente... Talvez por ter desejado tanto estudar e ingressar na escola e isso só acontecer muito tempo depois.”
Professora: Kelly Lacerda


“Bem, durante a minha infância infelizmente nas escolas não havia esse momento de 'contar e ouvir histórias'. Mas, para minha alegria quem fez esse trabalho com muita sabedoria foram os meus pais que contavam histórias de suas infâncias, história de “Trancoso” como eles mesmo diziam... Foram eles que despertaram em mim o gosto pela leitura e hoje estou aqui! Detalhe: meus pais estudaram até a 4ª série do fundamental. (1960)”
Professora: Jackeline Maria da S. Oliveira


“A minha vivência surgiu com minha amada mãe, que sempre cantava, contava e encantava as minhas horas de dormir e hoje repete com sua netinha, minha filha de 2 aninhos, que já solicita gentilmente à vovó o poema da 'estrelinha'.”
Professora: Brenda Poggi


“A pessoa que me ajudou, ou seja, contribuiu para que eu me tornasse uma leitora foi Maria José Ribeiro (mãe). Quando criança ela me contava histórias e disponibilizava os contos de fadas para que pudéssemos ler, eu e minhas irmãs.”
Professora: Cristiane Claudino


“Fui despertar e criar o hábito da leitura na adolescência, quando a professora de Português Noêmia indicou alguns livros para que pudéssemos ler durante o ano letivo. Ela instigava os seus alunos despertando a curiosidade pela leitura, contando pequenos relatos do livro.”
Professora: Mônica Enedina de Melo


“Cresci numa pequena cidade do interior de São Paulo chamada Campos do Jordão. Naquela mesma época deliciava-me com as jabuticabas tiradas do pé ou seja do tronco e assistia diariamente o programa de televisão chamado Sítio do Picapau Amarelo. Todos os dias, aguardava ansiosamente mais um capítulo do programa sonhando e viajando nas contações de dona Benta. Adorava acompanhar a vida naquele sítio encantado. Será que a Cuca iria finalmente se dar bem? O imaginário e a fantasia dos textos e personagens fizeram parte da minha infância. Então posso dizer que foi Monteiro Lobato que incentivou ou acendeu meu lado leitor. Em Campos do Jordão, ficava a casa onde era filmado o programa e quando meu pai me levava lá eu ficava buscando com os olhos os personagens. Não entendia porque não conseguia enxergar a Cuca, o Saci, o Visconde, Tia Nastácia e tantos outros. Foi quando descobri que todos moravam dentro de mim. Obrigada Monteiro Lobato.”
Professora: Sílvia Reis


“Comecei a escrever, aos meus nove anos de idade, versinhos: a minha professora foi grande incentivadora de meus escritos. Mais tarde, minha irmã que já era professora, trazia vários livros literários e dentre esses fui apresentada a Neruda que aflorou mais ainda meu arquétipo, trazendo as boas lembranças de outrora. Hoje tenho vários poemas escritos (não publicados) falta-me coragem de apresentá-los, mas o escritor só é visto quando lido, vou buscar essa coragem e me expor.”
Professora: Anelyse Lima


“Comecei a ler muito cedo, aos 3 anos e meio já lia e orgulhava meus pais. No entanto, não tive um contador de histórias na minha vida. O gosto pela leitura se deu ao ver pessoas que passavam horas lendo, livros grossos e daí me veio a curiosidade e a vontade de ver se era capaz de chegar ao final de um livro. Me surpreendi comigo mesma, enfim, gosto de ler muito até hoje. E pretendo continuar sendo a contadora de história e marcando a vida de muitas crianças.”
Professora: Renata Tavares da Silva


“Meu pai sempre foi um amante das leituras e, com isso, proporcionou a mim e a meu irmão o gosto pela mesma. No início meu pai costumava ler gibis e alguns recortes de jornais. Com o tempo, ele começou a levar livrinhos pequenos para que pudéssemos manuseá-los enquanto aprendíamos a ler. Começou também (posteriormente) a comprar coleções de autores como Machado de Assis, Ruth Rocha e outros. Com um acervo à nossa disposição adquirimos autonomia para escolher o livro que mais nos interessava no momento e ler com prazer.”
Professora: Shirley Sampaio Felix Silva


“Minha mãe, uma amante dos livros, leitora nata que ao ler vivenciava intensamente tudo que lia e com toda sua euforia pelos contos, estórias e histórias, fez sua filha, eu, sua seguidora e assim como ela, apaixonada pelo maravilhoso mundo da leitura, onde a imaginação, onde tudo é possível, onde tudo é possível, onde seres humanos possuem asas, se transformam em super-heróis, onde a arte imita a vida, porém com um único propósito torná-la mais doce e melhor de ser vivida.”
Professora: Cristiane Maria Alves


“Por incrível que pareça, minha experiência foi um pouco tardia em relação a contação de histórias. Só depois de casada aos 19 anos é que realmente vim a me interessar pela leitura, pois meu marido lê muito e a cada leitura sua me fazia um resumo, isso foi despertando minha vontade e prazer pela leitura, hoje não consigo mais dormir sem antes ler alguma revista ou livro.”
Professora: Joanildes Pimentel


“Na minha vida, a grande incentivadora da minha apaixonante vida de leitura foi a minha mãe, contadora de histórias na minha infância. Lembro-me dessa cena: 'Raquel sentada numa cadeira de balanço, grávida de sua 6ª filha com todos nós 5 sentados no seu colo, balançando e contando histórias.' São momentos que acho que muitas crianças não tiveram a oportunidade de vivenciar. Nessa época acho que ela estava ainda retornando à escola para terminar o supletivo de 1º grau, pois a vida não deu muitas oportunidades. Dedico este momento a ela, Raquel do Carmo, psicopedagoga nata, que incentivou não só a mim, mas a todas as crianças que se encantaram com ela.”
Professora: Luciana do Carmo Sobrinho


“A leitura faz parte da minha vida desde a infância, quando em casa minhas irmãs liam para mim histórias e contos. Porém o momento mais marcante com a leitura foi com a minha professora Maria Ângela, que lia os textos e contos nos livros de uma maneira atraente que me fazia parar, para ouví-la. A forma como lia me fazia viajar na história e sentir o desejo de ler aquela história.”
Professora: Marta Nunes Trindade


“Bom, eu não tive ninguém que contasse histórias para mim. Mas tive um professor incentivador que me levou para o maravilhoso mundo da leitura. Lembro-me que o primeiro livro que ele me presenteou foi 'Memórias de um sargento de milícias' e de lá para cá, quantos e quantos livros eu li, nossa perdi as contas. Adoro ler e devo isso ao meu professor Fernando Bulhões, de História, na 5ª série, na Escola Estadual Irmã Magna.”
Professora: Ana Paula R. de Santana


“Minha grande contadora de histórias foi minha saudosa mãe (falecida aos 59 anos em 2007). Ela me despertou para ler muito mais. Eu tenho em minha memória várias histórias e contos até os antigos malassombros que causavam medos na gente. Na minha adolescência fui incentivada a ler os livros bíblicos, então me apaixonei pelo Antigo Testamento, lia muito em meu quarto. Hoje gosto de levar os meus alunos para esta viagem da leitura, quando conto as histórias com dramatizações.”
Professora: Luziete Cândida Araújo


“Imagino que tenha sido minha mãe. Na minha infância, costumava vê-la sempre lendo, lendo diversos livros e eu perguntava do que se tratava e ela sempre contava, de forma resumida as histórias. Quando cresci mais um pouco, presenciei um momento profissional, no qual ela contava histórias para outras crianças e me emocionei. Hoje, ela conta histórias para meus filhos, como também, desenvolveu o prazer de assistir peças teatrais.”
Professora: Paula Ramalho Lins Santos


“Durante a minha infância tive a influência de três primas que moravam em Maceió e nas férias me levavam para sua casa. Lugar repleto de livros, revistas, jornais. E foi lá que me apaixonei pelas HQ da Turma da Mônica. Quando voltava das férias trazia comigo os gibis para ler para meus outros irmãos. Foi um encantamento tão gratificante que andava nas ruas do meu bairro lendo os gibis. Conto esta história para meus filhos que também são apaixonados por livros. 'O livro é uma beleza, é uma caixinha mágica só de surpresas.' Elias José.
Professora: Elisângela Cavalcanti


“Meu irmão foi o grande responsável por essa proeza, pois quando pequena, ficava escutando, cada vez mais alto, ele estudar em seu quarto. Ele só sabia estudar assim, todos seus textos tinham que ser estudados ou compartilhados com todos da casa.”
Professora: Paula Juliana Menezes de Oliveira Cunha


“Posso assim dizer que não tive um contador ou contadora de história, mas a pessoa que me fez tornar um leitor foi minha mãe. Ela comprava diversos livros e montamos no meu quarto uma pequena biblioteca. Vivia envolvida com os livros, dai o interesse pela leitura.”
Professora: Rosalia Peixoto de Oliveira


“Os professores na escola.”

Professora: sem identificação


“- meus pais; - meus professores; - meus amigos/primos/tias entre outros.”
Professora: sem identificação


“Meu pai! Minha professora de História Geral Ilka e Enila de Resende, diretora da Mater Christi.”
Professora: sem identificação


“Minha professora da alfabetização Mª José Belo. (José Belo) 'eterna'. Há 26 anos atrás ela já alfabetizava contando história e seus alunos, inclusive eu, adorava.”
Professora: Fabiana Virgília da Silva


“Meu pai João Batista Anacleto Santos. Comprava coleções de clássicos. Lia para os filhos. Meu avô: Miltom Bezerra de Oliveira. Contos (causos) histórias de trancoso nas noites sem energia.”
Professora: sem identificação


“- Meu pai; - meus professores; - minhas colegas; - minha tia Isabel.
Professora: sem identificação


“Uma tia que sentava na calçada com suas vizinhas à noite e contava lendas que seu pai um dia lhe contara. Eu amava escutar suas histórias e toda noite pedia.”
Professora: Ivaneide Seabra


“Acredito que o hábito da leitura se iniciou na minha vida por influência das minhas irmãs mais velhas que eu, pois lembro que quando ainda não tinha idade escolar, corria e pegava seus livros para folhear e fazer pseudoleitura e até hoje, a nossa casa é cheia de livros pois todas nós gostamos de ler todos os gêneros.”
Professora: Givaneide Candido


“Segundo eu me lembro foi meu pai. Onde via sempre o mesmo lendo e se interessando pelos livros.”
Professora: Mônica de Oliveira Coutinho


Mais detalhes no site da PCR
//www.recife.pe.gov.br/2010/04/23/professores_recem-contratados_da_rede_municipal_passam_por_curso_de_formacao_171539.php">

terça-feira, 15 de junho de 2010

Kit Manuel Bandeira 2010 - pequenas resenhas

Já publicadas no blog www.construindopasargada.wordpress.com pequenas resenhas de livros constantes do acervo do Kit Manuel Bandeira 2010, para os/as estudantes da Rede Municipal do Recife, através do Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores. Até a presente data, os títulos, brevemente comentados por Thelma Regina, são os seguintes:

Cada macaco no seu galho / Gilberto Braga de Mello. - Recife: Bagaço, 2006 . 2. ed. Ilustrações Davi Sento-Sé

Novela, em forma de fábula, contada 85 páginas, ao longo de 16 capítulos: . Notícias daquele tempo; . O ofício de cada um; . A embaixada ao pantanal; . A greve dos macacos; . Tumulto no revaldo; . A convocação do papagaio; . Em busca do candor; . Amor de bode e paquera de gavião; . Operação pantanal; . A cordilheira da morte; . A decisão do rei; . Fogo na floresta; . O sentido da palavra; . Operação tromba dágua; . Um ano depois; . A ação do urubu.

Em papel couché fosco, cada capítulo é identificado por desenho de página inteira, de Davi Sento-Sé, bastante colorido, o que chama a atenção dos/as leitores/as. Os capítulo são curtos, em média, 2 ou 3 páginas.

(…)

“A sociedade dos bichos era muito bem organizada porque eles conseguiam uma outra coisa que os homens, em milhares de anos de evolução da sua civilização, ainda não conseguiram: cada bicho sabia qual era seu papel na comunidade em que vivia. Cada animal era consciente dos seus deveres e direitos. E, também, respeitavam os direitos dos outros.

O governo no Reino dos Bichos funcionava sem problemas porque cada um deles valorizava sua condição de cidadão da floresta.” (pag 10)

(…)

“Cada macaco o seu galho” expressão popular que expressa toda uma moral, própria das fábulas, onde os animais falam e se expressam como os humanos. E, no final, exatamente no capítulo epílogo, traz uma lenda sobre “Por que o Urubu come carniça?”



A menina que aprendeu a voar /Ruth Rocha; ilustrado por Elisabeth Teixeira. - 2. ed. - São Paulo: Moderna, 2006.

Joana, a menina que aprendeu a voar, habilidade que descobriu assim, de repente, e que, além do susto, trouxe muita alegria e inquietação. E que passa despercebida, por um bom tempo... Em casa, a família envolvida nas atividades domésticas. Mamãe e papai tinham uma preocupação a mais: Tuca, seu irmão, tinha gazeado aula... Na escola, as crianças foram descobrindo seu segredo, em meio à algazarra e brincadeiras do recreio. As professoras não acreditavam que isso pudesse acontecer... Nem dona Isolda, sua professora, que entre outros temas estava na lição do “Não Pode”.

- Não pode escrever no caderno com a caneta vermelha. Esta é só pros títulos. E não pode sentar do lado que é pra não atrapalhar os vizinhos. E não pode olhar pro lado, nem pra trás, e nem dar risadinhas, nem pode ficar mostrando figurinhas, esta porcaria de álbum, exploração de multinacional, vamos acabar com isso, e vamos acabar com essas conversas de programa de TV, é por isso que o Brasil não vai pra frente, crianças, não verão país como esse.”

pag 22

Até que naquele dia aconteceu o improvável: … “Joana já estava saindo pela janela e segurou a mão de Gabriela e Zé Bento segurou a outra mão e todos se deram as mãos e foram saindo ela janela, voando, voando, e quando as crianças das outras classes viram aquilo foram abrindo as janelas e também saíram voando pra longe, em direção ao sol, à luz, ao céu azul...

Tinha crianças gordas e magras, altas e pequeninas, louras, mulatas e morenas, tinha crianças inteligentes e burras, e voavam todas, rindo-se muito, alegres pelo céu.

Só uma ou outra criança não conseguiu voar e ficou tristinha, sentada na classe.

Dona Isolda chegou à janela, olhou para o alto e chorou uma lágrima salgada.”

pags 28 a 31


As coisas que a gente fala / Ruth Rocha; ilustrações Mariana Massarani. - Rio de Janeiro: Salamandra, 1998.

Refletindo sobre o poder da palavra, Ruth Rocha trabalha ética no uso irresponsável e maldoso da oralidade. Na poesia, através de 27 estrofes de 2 a 10 versos, cada, o tema é abordado com cadência e leveza. Gabriela quebrou o vaso preferido de sua mãe, dona Felicidade e acusou seu vizinho, o menino Filisteu, que foi duramente castigado pelo pai Golias.

(…)

-Não tem mais festa!

Não tem mais coca-cola!

Não tem TV!

Não tem jogo de bola!

Trote no telefone?

Nem mais pensar!

Isqueite? Milquicheique?

Vão acabar!

(...)

Instigada pelo menino, Gabriela tenta desmanchar a confusão que causou e consegue encher malas e malas com as mentiras que disse, mas percebe que elas se transformaram em borboletas e se espalharam pela cidade... desesperada cai em choro compulsivo e assume, em alto e bom tom para todos, que mentiu. De repente, uma nuvem pesada se forma e lava as mentiras. Estaria o problema resolvido pra sempre? Importante que Gabriela aprendeu.

(...)

Porque é como eu lhes dizia.

As coisas que a gente fala

saem da boca da gente

e vão voando, voando,

correndo sempre pra frente.

Sejam palavras bonitas

ou sejam palavras feias;

sejam mentira ou verdade

ou sejam verdades meias;

são sempre muito importantes

as coisas que a gente fala.

Aliás, também têm força

as coisas que a gente cala.

Às vezes, importam mais

que as coisas que a gente fez...”

(…)


Formiga amiga / Bartolomeu Campos de Queirós; ilustrações Elisabeth Teixeira. - 1. ed. - São Paulo: Moderna, 2004. - (série Eu sei de cor)

Neste livro para leitores iniciantes, o escritor apresenta Dulce, uma formiga amiga, que encontra na cozinha seu lar e fartura de vida, além do carinho de um garoto, que gosta de observá-la e a suas companheiras, enquanto brinca naquele cômodo da casa. As ilustrações são bem interessantes, permitindo, inclusive leitura de imagem.

(...)
DULCE É DE FATO UM BARATO.

LINDA E AMIGUINHA

SÓ VIVE NA COZINHA.


QUANDO ME VISITA

DULCE TRAZ MINHÕES DE AMIGAS

PARA ME CONHECER. (…)


sexta-feira, 4 de junho de 2010

mediação de leitura: E.M. Dom Hélder Câmara

3ª semana de mediação de leitura – Curta metragem “The Little Matchgirl”, de Roger Allers e  o conto “A menininha dos fósforos”, de Hans Christian Andersen.

 

Curta metragem “Oktapodi”, de Gobelins, l'École de l'Image e o livro pop-up “O peixinho que gostava de dar sustos”, de Trish Philips.

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Postado por Carlos Gomes de Oliveira Filho (mediador de leitura)

mediação de leitura: E.M. Dom Hélder Câmara

2ª semana – mediação de leitura a partir da relação entre cinema e literatura. Curta metragem “História trágica com final feliz”, de Regina Pessoa (Portugal) e os livros “A menina que aprendeu a voar”, de Ruth Rocha e “O sino que queria voar”, de Luiz Antonio Aguiar.

 

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Postado por Carlos Gomes de Oliveira Filho (mediador de leitura)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

mediação de leitura: E.M. Dom Hélder Câmara

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   Biblioteca da Escola Municipal Dom Hélder Câmara

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Área composta sobretudo por livros infantis, poesia, infanto-juvenil e artes.

 

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1ª semana de mediação – apresentação do espaço de leitura

 

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1ª semana de mediação – leitura

 

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1ª semana de mediação – produção escrita

 

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antes & depois

 

 

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Leitura individual (aluna: Bia)

 

Postado por Carlos Gomes de Oliveira Filho (mediador de leitura).