quarta-feira, 8 de maio de 2019

Mural interativo do PMBFL - Maio/2019

Estamos reativando o Mural interativo do PMBFL 
no hall do CAP-Centro Administrativo Pedagógico. 
Um espaço a mais do PMBFL 
para incentivar o letramento literário. 
Dicas de livros. Poemas. Músicas. E o que mais possa corroborar nessa que é a essência do próprio 
Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores. 


Para este mês de Maio, trazemos o tema Mãe.


Dicas de livros:
https://www.saraiva.com.br/a-cama-da-mamae-1986135.html#
A CAMA DA MAMÃE / Joi Carlin; Tradução de Ana Maria Machado; ilustrações Morella Fuenmayor. 2. Ed. – São Paulo ; Moderna/Salamandra, 2007.
Qual o lugar mais incrível do mundo para Joana e Zeca?

Lá aventuras diversas são possíveis de viver. Até viagens espaciais...

De dia, não tem melhor!

E de noite é, também, um porto seguro e afetivo?

A cama da mamãe.

 https://www.paulinas.org.br/loja/coisas-de-mae#!prettyPhoto
COISAS DE MÃE / Sílvia Alves ; ilustrações João Caetano. – São Paulo : Paulinas, 2011. – (Coleção além-mar. Série contos contados).

Mãe e Filha. Afetividades. Histórias. Aprendizagens. Rotina de um viver campestre, quase sempre pressa.

 De manhã segue uma estrela

À tarde os girassóis.

De noite segue o silêncio

Escondido nos lençóis.



Dica de Poema:


De mãe

Conceição Evaristo


O cuidado de minha poesia
aprendi foi de mãe,
mulher de pôr reparo nas coisas,
e de assuntar a vida. 



A brandura de minha fala
na violência de meus ditos
ganhei de mãe,
mulher prenhe de dizeres,
fecundados na boca do mundo.



Foi de mãe todo o meu tesouro
veio dela todo o meu ganho
mulher sapiência, yabá,
do fogo tirava água
do pranto criava consolo.



Foi de mãe esse meio riso
dado para esconder
alegria inteira
e essa fé desconfiada,
pois, quando se anda descalço
cada dedo olha a estrada.

Foi mãe que me descegou
para os cantos milagreiros da vida
apontando-me o fogo disfarçado
em cinzas e a agulha do
tempo movendo no palheiro.



Foi mãe que me fez sentir
as flores amassadas
debaixo das pedras
os corpos vazios
rente às calçadas
e me ensinou,
insisto, foi ela
a fazer da palavra
artifício
arte e ofício
do meu canto
da minha fala.

Poemas da recordação e outros movimentos.Belo Horizonte: Nandyala, 2008. 

Sobre a escritora Conceição Evaristo

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