terça-feira, 7 de maio de 2019

JOÃO CABRAL DE MELO NETO


 
João Cabral de Melo Neto. Pernambucano. Nasceu no Recife em 06.01.1920 e faleceu no Rio de Janeiro em 09.10.1999. Diplomata. Poeta Modernista, da Geração de 45. Trilhou caminhos autorais próprios. Sua obra, considerada de difícil compreensão, encantava pela capacidade de experimentar e inovar com a linguagem. Transitando por temas variados, desde a lírica amorosa, aos poemas engajados e escrita ensimesmada. Ocupou a cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras. 

     escrever é estar no extremo de si mesmo  

Obras


·  * Considerações sobre o poeta dormindo (1941);

·  * Pedra do sono, 1942;

·  * O engenheiro, 1945;

·  * O cão sem plumas, 1950;

·  * O rio, 1954;

·  * Quaderna, 1960;

·  * Poemas escolhidos, 1963;

·  * A educação pela pedra, 1966;

·  * Morte e vida severina e outros poemas em voz alta, 1966;

·  * Museu de tudo, 1975;

·  * A escola das facas, 1980;

·  * Agreste, 1985;

·  * Auto do frade, 1986;

·  * Crime na Calle Relator, 1987;

·  * Sevilla andando, 1989.

  
Prêmios e Homenagens
· * Prêmio José de Anchieta (IV Centenário de São Paulo);

· * Prêmio Olavo Bilac (Academia Brasileira de Letras);

· * Prêmio de Poesia do Instituto Nacional do Livro;

· * Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro;

· * Prêmio Bienal Nestlé, pelo conjunto de sua obra; 
  * Prêmio da União Brasileira de Escritores, pelo livro "Crime na Calle Relator".  
http://www2.recife.pe.gov.br/servico/circuito-da-poesia?op=MTMy
                              

Tecendo a Manhã
1.
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
2.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.



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