terça-feira, 6 de novembro de 2012

LUIZ GONZAGA: rei do baião e outros ritmos!



Luiz Gonzaga, além do BAIÃO, do qual é considerado rei, cantou muitos outros ritmos! CHORINHO. FORRÓ. FREVO. MARACATU. XOTE. XAXADO. Preciosa informação apresentada pelo GTERÊ, na formação de PB-Professoras d Biblioteca e ML-Mediadores/as de Leitura, em 27/09/2012 e que fizeram parte do material pesquisado em diferentes fontes. Por solicitação do grupo participante, disponibilizamos as letras das músicas gravadas por Luiz Gonzaga e endereço  para escuta on line das mesmas, uma vez que não foi possível baixá-las no blog. Informamos, ainda, que não  conseguimos as letras das músicas Cai no frevo, Apitando na curva e Aquele chorinho, mesmo consultando vários sites na internet. Também não está informada a autoria das letras.

Festa
Luiz Gonzaga

Sol vermelho é bonito de se ver
Lua nova no alto, que beleza
Céu de azul bem limpinho, é natureza
Em visão que tem muito prazer

Mas o lindo prá mim é céu cinzento
Com clarão entoando o seu refrão
Prenúncio que vem trazendo alento
Da chegada das chuvas no sertão
Ver a terra rachada amolecendo
A terra antes pobre enriquecendo
O milho pro céu apontando
O feijão pelo chão enramando

E depois pela safra que alegria
Ver o povo todinho no burgão
A negrada caindo na folia
Esquecendo da mágoas sem ludú
Belo é o Recife pegando fogo (bis)
Na pisada do maracatu


Quero Chá
Morena eu quero chá, eu quero
chá, eu quero chá morena velha
eu quero chá. (bis)
Já, já, já, já morena velha eu
quero chá. (bis)
Morena eu quero chá, eu quero
chá, eu quero chá morena velha
eu quero chá. (bis)
Já, já, já, já morena velha eu
quero chá. (bis)
Pula, pula moreninha não deixa
o samba esfriar catuca Zeca do fole
para o compasso agitar
nas tanta da madrugada antes
da barra quebrar vai depressa
na cozinha e traz cházim pra
nós tomar.
Já, já, já, já morena velha eu
quero chá.
Dezessete e Setecentos
Eu lhe dei vinte mil réis
Prá pagar três e trezentos
Você tem que me voltar
Dezesseis e setecentos!
Dezessete e setecentos!
Dezesseis e setecentos!...
Mas se eu lhe dei vinte mil réis
Prá pagar três e trezentos
Você tem que me voltar
Dezesseis e setecentos!
Mas dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!
Porque dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!...
Mas se eu lhe dei vinte mil réis
Prá pagar três e trezentos
Você tem que me voltar
Dezesseis e setecentos!
Mas dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!
Dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!...
Sou diplomata
Freqüentei academia
Conheço geografia
Sei até multiplicar
Dei vinte mango
Prá pagar três e trezentos
Dezessete e setecentos
Você tem que me voltar...
É dezessete e setecentos!
É dezesseis e setecentos!
É dezessete e setecentos!
É dezesseis e setecentos!
Mas se eu lhe dei vinte mil réis
Prá pagar três e trezentos
Você tem que me voltar
Dezesseis e setecentos!
Mas dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!...
Mas olha aqui
Se eu lhe dei vinte mil réis
Prá pagar três e trezentos
Você tem que me voltar
Dezesseis e setecentos!
Mas dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!
Mas dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!...
Eu acho bom
Você tirar os nove fora
Evitar que eu vá embora
E deixe a conta sem pagar
Eu já lhe disse
Que essa droga está errada
Vou buscar a tabuada
E volto aqui prá lhe provar...
Você tem que me voltar
Dezesseis e setecentos!
É dezessete e setecentos!
É dezesseis e setecentos!...
Mas se lhe dei vinte mil réis
Prá pagar três e trezentos
Você tem que me voltar
Dezesseis e setecentos!
Porque dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!...
Mas rapaz olha aqui
Se eu lhe dei vinte mil réis
Prá pagar três e trezentos
Você tem que me voltar
Dezesseis e setecentos!
Mas é dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!...
Mas se lhe dei vinte mil réis
Prá pagar três e trezentos
Você tem que me voltar
Dezesseis e setecentos!
Mas dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!
Porque dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!...
Não, pera aí
Mas se lhe dei vinte mil réis
Prá pagar três e trezentos
Você tem que me voltar
Dezesseis e setecentos!
Mas porque
Dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!...
Mas olha aqui rapá
Dezesseis e setecentos!
Dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!
Mas não é dezessete e setecentos?
Dezesseis e setecentos!
Dezesseis e setecentos?
Dezesseis e setecentos!...
Então deixa
É por isso que não gosto
De discutir com gente ignorante
Por isso é que o Brasil
Não "progrede" nisso...
                                                                                                                           
Xamego
Luiz Gonzaga

O xamêgo dá prazer
O xamêgo faz sofrer
O xamêgo às vezes dói
Às vezes não
O xamêgo às vezes rói
O coração
Todo mundo quer saber
O que é o xamêgo
Niguém sabe se ele é branco
Se é mulato ou negro (2x)
Quem não sabe o que é xamêgo
Pede pra vovó
Que já tem setenta anos
E ainda quer xodó
E reclama noite e dia
Por viver tão só
E reclama noite e dia
Por viver tão só (2x)
Ai que xodó, que xamêgo
Que chorinho bom
Toca mais um bocadinho
Sem sair do tom
Meu comprade chegadinho
Ai que xamêgo bom
Ai que xamêgo bom
Ai que xamêgo bom


Cortando o Pano
Errei no corte, seu Zé Marino
Peço desculpas pelo meu engano
Sou alfaiate do primeiro ano
Pego na tesoura e vou cortando o pano
Ai, ai, que vida engrata
O alfaiate tem
Quando ele erra,estraga o pano todo
Quando ele acerta, a roupa não convém } bis
Eu fiz um terno pro José meu mano
Ficou curtinho porque houve engano
Sou alfaiate de primeiro ano
Pego na tesoura e vou cortando o pano } bis
Ai, ai, que vida engrata
O alfaiate tem
Quando ele erra,estraga o pano todo
Quando ele acerta, a roupa não convém } bis
Se chegar seu mano
Vou cortando o pano
Vai cortando o pano
Vou cortando o pano
E se estragar o pano
Vou cortando o pano
Vai cortando o pano
Vou cortando o pano
Se furar o pano
Voi cortando o pano
Vai cortando o pano
Vou cortando o pano
Se queimar o pano
Voi cortando o pano
Vai cortando o pano
Vou cortando o pano
Se chegar o Germano
Vou cortando o pano
Se chegar o fulano
Vou cortando o pano
E se chegar o Sicrano
Vou cortando o pano
Mas vai cortando o pano
Vou cortando o pano
Mas vai cortando o pano
Vou cortando o pano
Sai daqui baiano
Tá me pertubando, peste
Eu sou valentão
Sou alfaiate do primeiro ano
Ms faço roupa pra qualquer fulano
Só não acerto quando há engano
Se Deus ajuda o terno sai bacano
Pelo sistema norte-americano
Não faço roupa pra qualquer fulano
Também não corto pra você baiano
Eu sou valente sou pernambucano
Quando eu me zango bato a mão no cano
Aperto o dedo, sai logo o tutano
Sou alfaiate do primeiro ano
Pego na tesoura e vou cortando o pano


Bamboleado
Mas que ritmo quente
Que bamboleado
Que tem o maxixe
E o samba rasgado
Que até faz a gente
Só descontrolar
Ao som do maxixe
A gente enloquece
Da vida se esquece
Começa a sambar
Samba ôio
Ô samba iaiá
Com rima e cadência
Do samba, enloqueço
Da vida me esqueço
E começo a sambar
Eu tenho no corpo
O micróbio do samba
Macaco me lamba } bis
Se eu não requebrar
Boi Bumbá
Êi boi, êi boi
Ê boi de mangangá } bis
Quem não tem chuculatêra
Não toma café nem chá
Não toma café nem chá } bis
Não toma café nem chá
Ê boi, êi boi
Ê boi do Ceará } bis
Muié segura o menino
Que eu agora vou dançá
Que eu agora vou dançá } bis
Que eu agora vou dançá
Ê boi, ê boi
Ê boi do Piauí } bis
Quem não dançá esse boi } bis
Não pode sair daqui
Não pode sair daqui
Não pode sair daqui
Ê boi, ê boi
Ê boi do Macapá } bis
Quem tá dançando esse boi
É o prefeito do lugar
É o prefeito do lugar } bis
Éo prefeito do lugar
Vamos repartir o boi, pessoa?
Vamos!..
Pra onde vai a barrigueira?
Vai pra Miguel Pereira
E a vassoura do rabo?
Vai pro Zé Nabo
De que é o osso da pá?
De Joãozinho da Fornemá
E a carne que tem na nuca?
É de seu Manuca
De quem é o quarto trazeiro?
De seu Joaquim marceneiro
E o osso alicate?
De Maria Badulate
Pra quem dou a tripa fina?
Dê para a Sabina
Pra quem mando este bofe?
Pro Doutor Orlofe
E a capado filé?
Mande para o Zezé
Pra quem vou mandar o pé?
Para o Mário Tiburé
Pra quem dou o filé miõn?
Para o doutor Calmon
E o osso da suã?
Dê para o doutor Borjan
Não é belo nem doutor
Mas é bom trabalhador
Mas é véio macho, sim sinhor
É véio macho, sim sinhor
É bom pra trabaiá
Rói suã até suar
Ê boi, ê boi
Ê boi do mangangá...



Chorei chorando
Luiz Gonzaga 

Chorei, chorei, chorei, chorão
Chorei sem ser chorão

Deixei o amor lá no sertão
Por que não chorar, não?
Se lá ficou meu coração
Por que não chorar, não?

Amor é coisa que vem à toa
A gente gosta, a coisa é boa
Mas quando acaba
De sofrimento, de paixão
A gente chora, chora
Até virar chorão

Pois a bichinha
Era muito gostosinha
Me dizia todo dia
Que só eu era seu bem

Dessa maneira
Qualquer um a vida inteira
Desmanchava em choradeira
Eu chorei, ela também

http://musica.com.br/artistas/luiz-gonzaga/m/chorei-chorao/letra.html 

 

Dança, Mariquinha                                                                                                                                    Luiz Gonzaga                                                                                                                                             Primeira gravação de Luiz Gonzaga como cantor)

Dança, dança, Mariquinha
Para o povo apreciar
Essa boa mazurquinha
Que pra você vou cantar
Ouça, meu bem,
A sanfona tocar
Quitiribom, quitiribom,
Toca no baixo desse acordeom
Quitiribom, quitiribom,
Que mazurquinha
Que compasso bom
Quando pego na sanfona
A turma se levanta
E pede uma mazurca
Quando bato a mão no fole
Sei que a turma toda
Vai ficar maluca
Todo mundo se admira
Do fraseada que a sanfona diz
Quando acaba a contradança
O povo admirado ainda pede bis.

http://letras.mus.br/luiz-gonzaga/261211/ 

                                                                                                                                                                  

Derramaro o Gái                                                                                                                                   Luiz Gonzaga                                                                                                                           

Eu nesse côco num vadeio mais
Apagaro o candeeiro, derramaro o gai (Côro) (4x)
Apagaro o candeeiro, derramaro o gái
Coisa boa nesse escuro já sei que num sai
Já não tão mais respeitando nem eu que sou pai
Pois me deram um beliscão quase a carça cai
Começando desse jeito num sei pronde vai
Por isso nesse côco num vadeio mais
Eu nesse côco num vadeio mais...
No escuro desse jeito ninguém se distrai
Pai de moça nessa festa só vai ter trabái
Seu Zé Chico nesse côco e Isabé num cai
O seu noivo tá querendo mas eu sou o pai
Ou acende um candeeiro bem cheim de gái
Ou ela nesse côco num vadeia mais
Eu nesse côco num vadeio mais...
Sazefinha entrou no côco com a gente e num sai
Pois ficou que nem badalo dentro do chocái
Levou tanta imbigada que caiu pra trái
Saiu andando manca que nem papagái
Seu marido foi falar mas levou cinco tái
Por isso nesse côco num vadeio mais

http://letras.mus.br/luiz-gonzaga/47085/

                                                                                                                                              

Rei Bantu
Luiz Gonzaga

Meu avô lá no congo
Foi Rei Bantu
Mas aqui eu sou rei
Do maracatu
Eu fiz meu reinado
Fiz meu tarbuco
Lá nos carnaviá
Do meu Pernambuco
Ai, ai, Orixalá
Ai, ai, meu pai nagô!
Ó vem abençoar o meu reinado
Que foi feito
Só de paz e de amor
Ai,ai, Orixalá
Ai, ai, meu pai nagô, ô


Treze de dezembro                                                                                                                                      Luiz Gonzaga     

Bem que esta noite eu vi gente chegando
Eu vi sapo saltitando
E ao longe ouvi o ronco alegre do trovão
Alguma coisa forte pra valer
Estava para acontecer na região
Quando o galo cantou
Que o dia raiou eu imaginei
É que hoje é treze de dezembro e a treze de dezembro
Nasceu nosso rei
O nosso rei do baião
A maior voz do sertão
Filho do sonho de D. Sebastião
Como fruto do matrimônio
Do cometa Januário
Com a estrela Santana
Ao nascer da era do Aquário
No cenário rico das terras de Exu
O mensageiro nu dos orixás
É desse treze de dezembro
Que eu me lembrarei e sei que não me esquecerei jamais


Vou Mudar de Couro                                                                                                                                  Luiz Gonzaga

Vou mudar de couro
Pra ver se a sorte me auxilia
Vou mudar de couro
Trocar Sabina por Maria
Vou mudar de consciência
Vou rasgar a fantasia
Vou trocar de residência
Do açougue a padaria
Vou mudar de corpo e alma
Vou viver à revelia
Vou fazer Natal em Junho
Carnaval em qualquer dia


Café                                                                                                                                                       Luiz Gonzaga

No meu tempo
Ninguém fazia fé
Café!
Hoje em dia
Não chega pra quem qué
Café!
Antigamente
O café num dava preço
Isso era no começo
No Brasil do Imperador
Mas hoje em dia
Tá na moeda, é nosso fraco
Inté mesmo o puxa-saco
Hoje é puxa cuadô
Vejam vocês
Quase todo mundo diz
Que o Brasil só é feliz
Se café tive valo
No meu tempo etc...
Na minha terra
Café fraco é chafé
Muito fraco é águafé
Café ruim
Não tem patente
Marca três efe
Fraco, frio, ferventado
Quem toma desse danado
Pode inté ficá doente
Eu pago caro
Me censure quem quisé
Mas café como muié
Só vai doce, forte e quente
http://letras.mus.br/luiz-gonzaga/1560741/

Braia Dengosa                                                                                                                                   Luiz Gonzaga

O maracatu dança negra
E o fado tão português
No Brasil se juntaram
Não sei que ano ou mês
Só sei que foi Pernambuco
Quem fez essa braia dengosa
Quem nos deu o baião
Que é dança faceira e gostosa
Português cum fado e guitarra
Cantava o amor
E o negro ao som do batuque
Chorava de dor
Com mele, com gonguê
Com zabumba, e cantando nagô
Ôi, foi a melodia do branco
E o batucado em zulú
Tem no teu baião
Que nasceu do fado e do maracatu

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