quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Mês da Consciência Negra- Inaldete Pinheiro de Andrade

 Mês da Consciência Negra- Inaldete Pinheiro de Andrade


Inaldete Pinheiro de Andrade nasceu em 1946, na cidade de Parnamirim-RN. Aos 20 anos, mudou-se para o Recife.

Cursou Graduação em Enfermagem e Mestrado em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco. 

Participa ativamente de ações em prol da igualdade racial e do respeito às diferenças, desde sua juventude. Uma das fundadoras do Movimento Negro na região, participa de organizações da sociedade civil voltadas para a defesa dos direitos humanos.

Pesquisadora e militante, tem se dedicado ao resgate da multifacetada herança africana presente em nossa formação. 

Seus trabalhos contribuem para a constituição de uma bibliografia voltada para o ensino da História e das culturas africana e afro-brasileira, notadamente em suas manifestações pernambucanas e nordestinas.

Filiada à União Brasileira de Escritores (UBE), autora de mais de uma dezena de livros, alguns ainda inéditos. Dentre eles, destacam-se escritos voltados para crianças e jovens, sempre com foco na valorização da afrodescendência enquanto individualidade e coletividade.

Publicou também um vigoroso trabalho de crítica literária, em que analisa a presença do preconceito de cor em nossa literatura infantojuvenil. Suas ações em prol do fortalecimento da cultura afro-brasileira são significativas e incluem intervenções no campo educacional, através de programas de formação que realiza em escolas do Recife e de outros municípios do Estado.

É conhecida pelo Recife como a contadora de histórias, mulher sábia das oficinas no Núcleo Afro, a pesquisadora de maracatu e das mulheres de maracatu.

 

Alguns de seus livros: 

“Cinco cantigas para se contar” (1989), “Pai Adão era Nagô” (1989), editado pelo Centro de Cultura Luiz Freire, “Racismo e anti-racismo na literatura infanto-juvenil” (2001), pela Etnia Produção Editorial, “A Calunga e o Maracatu” (2007), editado pela Secretaria de Cultura da Prefeitura do Recife, e “Baobás de Ipojuca” (2008), pelas Edições Bagaço, são exemplo de sua preocupação com a educação em cultura afro-brasileira.

 

E, pra que a gente possa se deliciar, um tiquinho do livro:

 

Eu, o Coco

 

Perguntaram-me porque eu sou uma dança dos quilombos. Eu vou lhes contar uma história: até onde eu sei, além de ser um refúgio após a fuga, o quilombo era o lugar de reorganização da vida criativa, uma nova vida. A terra era de quem ali chegasse, portanto, poderia arar, colher, criar animais, caçar, pescar. Gozar dos mesmos direitos e deveres.

As crianças eram acompanhadas pelos mais velhos e pelas mais velhas, responsáveis pela transmissão do conhecimento produzido por casa etnia que ali vivia. À sombra das árvores, elas ouviam as histórias ancestrais.

 


 

 


 

 

Links:

 http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/297-inaldete-pinheiro-de-andrade

 

https://blogueirasnegras.org/literatura-negra-inaldete-pinheiro/

 

http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/11-textos-dos-autores/298-inaldete-pinheiro-de-andrade-textos-selecionados

 

https://www.facebook.com/watch/?v=556686581718111

 

https://www.facebook.com/profile.php?id=100064082911831

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