Mês da Consciência Negra- Inaldete Pinheiro de Andrade
Inaldete Pinheiro de Andrade nasceu em 1946, na cidade de Parnamirim-RN. Aos 20 anos, mudou-se para o Recife.
Cursou Graduação em Enfermagem e Mestrado em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco.
Participa ativamente de ações em prol da igualdade racial e do respeito às diferenças, desde sua juventude. Uma das fundadoras do Movimento Negro na região, participa de organizações da sociedade civil voltadas para a defesa dos direitos humanos.
Pesquisadora e militante, tem se dedicado ao resgate da multifacetada herança africana presente em nossa formação.
Seus trabalhos contribuem para a constituição de uma bibliografia voltada para o ensino da História e das culturas africana e afro-brasileira, notadamente em suas manifestações pernambucanas e nordestinas.
Filiada à União Brasileira de Escritores (UBE), autora de mais de uma dezena de livros, alguns ainda inéditos. Dentre eles, destacam-se escritos voltados para crianças e jovens, sempre com foco na valorização da afrodescendência enquanto individualidade e coletividade.
Publicou também um vigoroso trabalho de crítica literária, em que analisa a presença do preconceito de cor em nossa literatura infantojuvenil. Suas ações em prol do fortalecimento da cultura afro-brasileira são significativas e incluem intervenções no campo educacional, através de programas de formação que realiza em escolas do Recife e de outros municípios do Estado.
É conhecida pelo Recife como a contadora de histórias, mulher sábia das oficinas no Núcleo Afro, a pesquisadora de maracatu e das mulheres de maracatu.
Alguns de seus livros:
“Cinco cantigas para se contar” (1989), “Pai Adão era Nagô” (1989), editado pelo Centro de Cultura Luiz Freire, “Racismo e anti-racismo na literatura infanto-juvenil” (2001), pela Etnia Produção Editorial, “A Calunga e o Maracatu” (2007), editado pela Secretaria de Cultura da Prefeitura do Recife, e “Baobás de Ipojuca” (2008), pelas Edições Bagaço, são exemplo de sua preocupação com a educação em cultura afro-brasileira.
E, pra que a gente possa se deliciar, um tiquinho do livro:
Eu, o Coco
Perguntaram-me porque eu sou uma dança dos quilombos. Eu vou lhes contar uma história: até onde eu sei, além de ser um refúgio após a fuga, o quilombo era o lugar de reorganização da vida criativa, uma nova vida. A terra era de quem ali chegasse, portanto, poderia arar, colher, criar animais, caçar, pescar. Gozar dos mesmos direitos e deveres.
As crianças eram acompanhadas pelos mais velhos e pelas mais velhas, responsáveis pela transmissão do conhecimento produzido por casa etnia que ali vivia. À sombra das árvores, elas ouviam as histórias ancestrais.
Links:
http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/297-inaldete-pinheiro-de-andrade
https://blogueirasnegras.org/literatura-negra-inaldete-pinheiro/
http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/11-textos-dos-autores/298-inaldete-pinheiro-de-andrade-textos-selecionados
https://www.facebook.com/watch/?v=556686581718111
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