quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

ANO LETIVO DE 2013 - Solenidade de abertura

Com o tema, Educação e Direitos Humanos: reconhecimento das diferenças como elemento de construção da cidadania, a Secretaria de Educação da Prefeitura do Recife, dará início às atividades do ano letivo de 2013, amanhã, dia 01/02/2013. A solenidade de abertura para Profissionais do Grupo Ocupacional Magistério e Auxiliares de Desenvolvimento Infantil, acontecerá no Teatro Guararapes do Centro de Convenções de Pernambuco (manhã e tarde) e no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire (noite). Na oportunidade, serão conferidas palestras com os Professores Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco, Dra. Aída Monteiro, Dr. Mozart Neves e o Promotor de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital, em Direitos Humanos, Dr. Westei Conde Y Martin Júnior.
 
  Local: Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco (Olinda)
  Horário: MANHÃ (8:30h às 12h) 
                TARDE (14h às 17:30h)
 
 Local: Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire (Madalena)
 Horário: NOITE (18:30h)
 
Conforme ofício circular nº 13/13 (*) do GAB-SE, a participação nessa formação continuada, oportunizará o primeiro contato da categoria com a nova Equipe Gestora da Cidade do Recife, devendo cada profissional participar em um único turno, observando-se a matrícula mais antiga, para aqueles que tem mais de um vínculo. Informa, também, que nos dias 04 e 05 de fevereiro, a formação continuará nos espaços de cada Unidade de Ensino, momento destinado à elaborarão do planejamento do Ano Letivo e discussão e revisão do documento da Política de Rede. 



(*)

 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

7 de Janeiro: DIA DO LEITOR

acervo PMBFL


Que bom! Que há cada vez mais leitores e leitoras!
Que pena... Que muitos, ainda, não priorizam a leitura nas atividades cotidianas.
Que tal?  Que tal organizar, agora mesmo, uma listinha com 12 títulos para ler neste ano?

O primeiro LIVRO a gente nunca esquece...
"Não era bem um livro, desses com capa e páginas que
folheamos e que se abrem em V.
Foi meu presente de Natal. Tinha sete anos e estava
concluindo a primeira série. Meu pai retornava a nossa
casa, desempregado. Era o presente que conseguia
comprar. Nunca mais esqueci.
Uma caixinha amarela com um título: “1001 histórias”.
Abria como um envelope, e, dentro, muitas folhas
brancas, impressas dos dois lados. Eram grossas como
fichas. Sempre iniciavam com a indicação do CAPÍTULO,
indo do Capiítulo I ao Capítulo X; mas, havia dez
capítulos de cada um: dez capítulos I, dez capítulos II e,
assim, sucessivamente. O Capítulo I sempre iniciava
com “Era uma vez...” e o Capítulo X, finalizava sempre
com ... “E foram felizes para sempre”.
Assim, podia combinar cada folha - ou capítulo - como
quisesse, sempre seguindo a seqüência dos capítulos de
um a dez, e surgia uma nova história. Não era uma
grande literatura. Eram enredos simples inspirados nas
clássicas histórias de princesas, príncipes e castelos.
Mas, me fascinava aquele “protagonismo” na criação da
história. E o principal, lia muito para confirmar se
qualquer mistura possibilitava uma seqüência que fazia
sentido. Queria chegar a 1001 histórias. Não sei se
matematicamente chegaria a esse número. Mas não
importava. Guardava aquela caixinha como se
contivesse muitos mistérios e como se, somente eu,
soubesse revelá-los.
Sei, hoje, que foi um presente de enorme significado -
minha iniciação nos prazeres da leitura."


Zoara Failla


A OCASIÃO É QUEM FAZ... O LEITOR?
Thelma Regina Siqueira Linhares

Penso que o hábito de ler, como muitas competências socioculturais humanas, são formatadas e fomentadas pelo ambiente em que estamos inseridos. Assim, se na tenra idade for desenvolvido, o gostar de ler acontecerá suave e naturalmente, como as diferentes aprendizagens, às quais a criança vivencia. E, nesse pensar, a descrição de Lygia Bojunga no seu Livro um encontro é fantástica. Comigo, a troca foi com a Coleção Reino Infantil: presente de papai, ao término da alfabetização, com direito a dedicatória no primeiro volume e identificação do meu nome completo(!), na bela letra dele, nos outros nove volumes. Uma pergunta surge agora, definitivamente, sem resposta: Por que papai não incluiu o nome de mamãe em presente tão valioso?...

Essas reflexões e lembranças surgem como pretexto ao que se segue, motivadas pela mudança da biblioteca onde trabalho para um novo espaço, mais amplo, mais funcional, mais bonito... sinceramente, espero lá, algo parecido com o jardim interior preservado, de Michele Petit, fragmento de texto traduzido. Biblioteca onde muitos e muitas possam encontrar e encontrar-se a partir dos livros... da literatura.

Às vésperas, de início dos encaixotamentos, despedida silenciosa de tantos amigos, tantos encontros, tantos reencontros, além da poeira, de enfeiamento da sala, prateleiras vazias... É que é triste uma biblioteca com prateleiras vazias! E como é triste uma biblioteca vazia! Juntamente com alguns/mas colegas, fotos foram tiradas de diferentes ângulos – caixas com livros... prateleiras apinhadas de livros encaixotados... prateleiras repletas de livros, no aguardo de encaixotamentos... para congelar emoções diversas sentidas e compartilhadas.

Então, comecei a calcular - que O Pequeno Príncipe não saiba - o quanto li nos últimos três anos. Olhar um título bastava para a escolha. Às vezes era o colorido da capa... o formato do livro... Outras, o simples esticamento de braço e... um livro à mão. Muitas vezes, pesquisa para material a ser usado em formações e elaboração de projetos. Livros só de imagens. Livros com ilustrações e textos. Livros com textos e ilustrações. Livros com textos. Livros bilíngue: português e braile. Livros de poesias. Livros de prosa. Livros de crônicas. Livros de contos. Livros de fábulas. Livros dos clássicos da literatura nacional e internacional. Livros pomposos. Livros simples. Livros artesanais. Livros de autores/as renomados/as e premiados/as. Livros de autores/as pouco conhecidos/as. Livros de autores/as desconhecidos/as. Livros de autores/as a ser. Literatura infantil. Literatura infanto-juvenil. Literatura brasileira. Literatura estrangeira. Literatura de primeira qualidade! Ali... juntinho. Dividindo comigo o mesmo espaço.

E como foi bom! Encontros inesquecíveis: Bicos quebrados, O jardim de todos, Metade cara, metade máscara, Antologia de Contos Indígenas de Ensinamento: Tempo de Histórias, Cadê você, Jamela?, Menina bonita do laço de fita, Livro de papel, A princesa que escolhia, Bordado encantado, entre muitos, muitos e muitos. Reencontros inesperados. Assim foi com O meu é de laranja lima, lido e relido na adolescência. Os sertões, Menino de engenho... Enfim, apresentações: O dedo do menino verde, que desde a década de 80 aguardava leitura. Confissões de um vira lata, Os meninos morenos, Homens e caranguejos, A força da vida, A menina que aprendeu a voar, Posso te dar meu coração?, Crônicas marcianas e muitos outros títulos. Pequena lista de títulos que li no conforto da biblioteca ou motivada por estar numa, fazendo uso do meu cartão número 906.

A ocasião é quem faz... o leitor? A pergunta inicial volta. E por respostas, muitas alternativas: sim, quando o ambiente familiar é leitor; sim, quando na escola a/o professor/a incentiva a leitura, diariamente, sem cobranças, ler pelo prazer da leitura, compartilhando e incentivando estudantes de diferentes níveis; sim, quando na vida, o/a leitor/a busca suas próprias leituras... em qualquer época e qualquer idade, em contínuo aprendizado, como o é a própria vida.

 http://thelmaregina.blogspot.com/2010/06/ocasiao-e-quem-faz-o-leitor.htm